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Contratar bem e delegar
25 de Setembro de 2019
Contratar bem e delegar são dois dos maiores desafios enfrentados por empresários e executivos, independentemente do tamanho, ramo ou setor da organização. Hoje vamos refletir sobre algumas visões a respeito.
“Cerque-se de gente grande, delegue autoridade e saia do caminho” disse Ronald Reagan, Presidente dos Estados Unidos por 2 mandatos na década de 80. A frase se tornou célebre por sintetizar uma importante lição sobre liderança, incrivelmente atual, pois é o que se preconiza no modelo de gestão adotado nas empresas mais inovadoras do mundo.
É bastante evidente que todas as organizações precisam de boas pessoas e bons profissionais, e também quase todos sabemos que estes vão fazer melhor o seu trabalho, se tiverem bons líderes. Muitas são as competências e as habilidades necessárias para ser um bom líder em organizações complexas e ambientes altamente desafiadores. O velho ditado de que “mar calmo não faz bom marinheiro” também serve para a liderança organizacional, pois mesmo quem tem muita experiência frente uma organização ou mais de uma, que nunca passou por dificuldades, quando vive a primeira crise interna ou externa, sofre bastante.
Dentre as habilidades que um bom líder precisa ter, uma das mais importantes é saber o momento de delegar e “sair do caminho”, para que os bons profissionais que contratou e preparou façam o seu melhor. Um líder de uma organização que precisa ser totalmente comprometida com o processo contínuo de busca pela inovação precisa saber o momento certo para “sair do caminho” como propôs Reagan, ou seja, contratar boas pessoas, preparar bons profissionais, delegar funções e autoridade e depois deixá-las em paz para fazer o que precisa ser feito.
A gestão de pessoas das organizações vai se tornando o “coração do negócio”, quando são capazes de canalizar e qualificar o espírito corporativo e a cultura organizacional. Os profissionais da organização devem se sentir seguros para propor e experimentar coisas novas, sem o risco de serem ridicularizadas, sofrerem preconceito, pelas suas ideias ou até punidas por falharem na tentativa de inovar e acertar nos resultados.
“Sair do caminho” é permitir que todas as pessoas sintam que podem contribuir e permitir que os bons profissionais façam aquilo que estudaram e acreditam. Significa deixar o caminho livre para que coisas novas sejam realizadas, sem intervenções tão frequentes e intensas que podem comprometer e até derrotar a proposta internamente, dissipando uma boa ideia, ou distorcendo tanto que podem nascer velhas. Para que as pessoas atinjam o máximo de suas capacidades e possam extravasar olhares ainda não percebidos pelas organizações, é preciso confiança nos talentos delas e liberdade para que atuem com o que podem fazer de melhor.
Com o avanço tecnológico, os humanos deixaram de ser um “recurso” e passaram a ser a alma das empresas e como tal precisam ser tratados. As organizações precisam evoluir com urgência, mas sem talentos humanos, nenhuma organização existe. O modo de agir que muda de pessoa para pessoa, a interação social, a maneira como interpretam-se os dados para a tomada de decisões, entender a mentalidade e o comportamento, dificilmente serão substituídos por máquinas. Então, as máquinas até podem produzir coisas de qualidade impecável, mas elas continuam dependendo de gente e gente precisa de boas lideranças que saibam contratar e deixar bons profissionais fazerem o seu melhor.
Se o texto fez você pensar, vai lá e faz alguma coisa, pois é assim que a sua organização se desenvolve, ou seja, fazendo!


Marcelo Blume é Administrador, Especialista em Marketing e Mestre em Engenharia de Produção. Dirigente na FAHOR e professor convidado em diversas Instituições, também é sócio e consultor da Referenda Consultoria, palestrante, pesquisador e escritor, com artigos e 4 livros publicados na área de gestão.
FONTE: Jornal O Alto Uruguai
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