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Entrevista com Simone Leite
11 de Setembro de 2019
Eleita a primeira mulher a presidir a Federasul, também a Câmara da Indústria, Comércio e Serviços de Canoas (CICs), Simone Leite palestrará na ACIFW na próxima sexta-feira, 13
Para a Associação Comercial, Industrial e de Prestação de Serviços de FW (ACIFW), o mês de setembro conta com uma programação especial nos eventos do No Tom da Conversa. Tradicionalmente, o almoço-palestra da ACIFW acontece na última quarta-feira de todo o mês, porém, a diretoria da entidade conseguiu fechar a agenda para duas palestras especiais em setembro. A primeira edição do No Tom da Conversa acontecerá nesta sexta-feira, 13, com a palestra da presidente da Federasul (a qual a ACIFW é filiada), Simone Leite, que abordará o tema “O Brasil e os brasileiros: um olhar sobre o novo tempo”.O formato permanece o mesmo, com almoço e palestra, às 11h45min, no salão nobre da entidade.

Simone Leite é formada em Administração de Empresas, atua como diretora administrativa-financeira do Grupo Urano, além de integrar diversos conselhos superiores de empresas. Confira a entrevista:

Como avalia o momento que o Brasil está vivendo?
Simone Leite – Estamos vivendo um momento de grande esperança e otimismo com relação ao futuro. Muitas mudanças estão em curso, vivemos um período de transição, de alinhamento. Confiança é importante para a economia destravar. A renovação da Câmara e do Senado foram muito importantes para trazer uma visão mais liberal e para o empreendedorismo.

Qual a postura ideal dos brasileiros perante estas mudanças na política brasileira?
Simone – Precisamos sair de trás da mesa e do balcão e sermos protagonistas neste momento. Precisamos transformar nossa energia empreendedora em força política, numa voz ativa que gere mudanças no nosso Estado e no nosso país. É necessário deixar pra trás o “jeitinho brasileiro”, buscando sempre vantagens pessoais. O momento é de integração, cada um precisa fazer sacrifícios, não somente a sociedade, mas também o Judiciário, o Legislativo e as corporações de servidores públicos.

Quais as vantagens ou desvantagens dos empresários frente às modificações previstas para a gestão do nosso país?
Simone – Estamos vendo uma grande vontade política dos atuais governos, tanto estadual quanto federal, em libertar a classe produtiva das amarras, da burocracia. Isso é fundamental, porque o desenvolvimento econômico precede o desenvolvimento social, sem a geração de riqueza não temos recursos para os projetos sociais de saúde, educação e segurança. A lei da Liberdade Econômica é um exemplo disso, o projeto Descomplica RS também. O maior desafio é abrir novas vagas de trabalho para que os brasileiros tenham renda e voltem a consumir, esse será o ciclo virtuoso da economia que vai injetar mais recursos no nosso Estado e no nos municípios. A próxima discussão será a Reforma da Previdência. Vamos precisar fazer uma transição e adaptação, mas sem dúvida a reforma trará justiça tributária.

Eleita a primeira mulher a presidir a Federasul, como vê a inserção da mulher nas lideranças empresariais e políticas?
Simone – Estou entusiasmada com a ascensão das mulheres. Hoje, podemos ser e fazer o que quisermos, e isso é fundamental: liberdade. O que nos falta é engajamento coletivo e efetiva participação. Nas empresas, as mulheres estão ocupando cargos de chefia em função dos seus méritos, hoje somos maioria nas universidades. Na política é um pouco diferente, poucas mulheres se filiam a partidos políticos, participam de diretórios municipais (porta de entrada para a política). Sou contra cotas, precisamos é ocupar os espaços e mostrar nossa capacidade com carisma, sensibilidade e competência. Acredito que as grandes transformações políticas virão pelas mãos das mulheres.
FONTE: Jornal O Alto Uruguai
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