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UFSM FW debate a alimentação saudável e preservação do meio ambiente na ACIFW
06 de Junho de 2019
Evento aconteceu na noite desta quarta-feira, 05, em alusão ao Dia Mundial do Meio Ambiente
Em comemoração ao dia Mundial do Meio Ambiente, o programa de extensão, da UFSM Frederico Westphalen, Fiat Panis, em parceria com a Associação Comercial, Industrial e de Prestação de Serviço de Frederico Westphalen (ACIFW), promoveu, nesta quarta (05), a palestra Transformações Alimentares e seus impactos sobre o Meio Ambiente. Quem conduziu o evento, junto aos produtores orgânicos da região, foi Marilene Cassel Bueno, nutricionista e mestranda na Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Estiveram presentes, representando a ACIFW, o presidente, Ramir Severiano, o vice-diretor da UFSM FW e diretor de planejamento da Associação, Igor Senger, e o assessor jurídico, Rogério Vargas dos Santos, que destacou a importância do tema da palestra para toda a comunidade e das parcerias firmadas entre a entidade e demais instituições.

A ação faz parte das iniciativas do programa Fiat Panis, que visa não só a promoção da produção consciente na agricultura, mas também a alimentação saudável. Para o professor do curso de Engenharia Florestal da UFSM FW e coordenador do programa, Oscar Torres, é fundamental discutir e conscientizar a população sobre os impactos que a produção e o consumo de alimentos têm no meio ambiente e quais são os efeitos que estes geram em nosso corpo e no espaço em que vivemos.

Para a nutricionista Marilene Bueno, há uma demanda crescente, por parte dos consumidores, em adquirir produtos orgânicos, sendo que grande parte deste mercado é composto por pessoas que estão preocupadas tanto com as questões ambientais quanto com a própria saúde. Para ela, é fundamental conhecer a origem dos alimentos que consumimos no dia a dia, o que permite uma alimentação mais saudável e confiável. No entanto, acrescenta que apesar de ser um ramo em crescimento, ainda faltam políticas públicas para que mais produtores consigam migrar do sistema convencional de produção para o modelo agroecológico.

O Programa Fiat Panis trabalha com três frentes de promoção da alimentação saudável: a Feira de Produtos Orgânicos, realizada quinzenalmente no campus da UFSM Frederico Westphalen; as palestras, como a promovida na última quarta e no dia Mundial da Saúde; e as visitas técnicas aos produtores, aprendendo os métodos de produção utilizados por eles e compartilhando o conhecimento acadêmico.

Um dos grupos atendidos pelo programa é o Promotores da Vida, da cidade de Vicente Dutra (RS). Para Juliana dos Passos, membro do grupo, antes do início das atividades de extensão promovidas pelo Fiat Panis, havia a falta de valorização do modo de produção utilizado por produtores da agroecologia. “A partir do momento em que a UFSM abriu esses espaços para nós, a comunidade começou a nos ver com outros olhos”, comenta Juliana. Ainda assim, a produtora destaca que há resistência na compra dos produtos orgânicos, por conta disso, as ações da Universidade em parceria com os grupos agroecológicos devem ser fortalecidas. Além de fornecer o espaço que aconteça a feira de produtos orgânicos dentro da Universidade, o projeto também leva o conhecimento técnico para essas propriedades através do acompanhamento da produção por parte de professores e alunos.

Agenda 2030 – ODS 02 Fome zero e agricultura sustentável

Entre os objetivos propostos pela Agenda 2030, um pacto global pelo desenvolvimento sustentável, está a erradicação da fome e a agricultura sustentável, por meio da união entre a produção agrícola e a manutenção dos ecossistemas. Diante deste cenário, a agroecologia aparece como um importante aliado para que o objetivo seja cumprido.

Para a nutricionista Marilene Bueno, a produção agroecológica é uma alternativa para melhorar o acesso à alimentação, ao passo que traz impactos positivos para a saúde humana. De acordo com a profissional, já há, no Brasil, exemplos de agricultores que migraram do sistema tradicional de produção para o modo agroecológico, gerando não apenas renda, mas também uma produção diversificada de frutas, verduras e leguminosas. Apesar dos desafios que esse modelo de produção ainda enfrenta, encerra Marilene, há uma grande possibilidade de avanço dele, que promove o desenvolvimento sustentável da sociedade.
FONTE: Wellington Hack/ Bolsista NDI PRE
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