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Dia das Crianças deve movimentar R$ 8,8 bilhões
09 de Outubro de 2017

As vendas relacionadas ao Dia das Crianças devem gerar movimento de R$ 8,8 bilhões no comércio do País, revela pesquisa da Fecomércio-RJ (Federação do Comércio do Estado do Rio de Janeiro) e do Instituto Ipsos. Foram entrevistados 1.200 consumidores no Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília, Porto Alegre, Belo Horizonte, Florianópolis, Salvador, Recife e em mais 64 municípios brasileiros, entre os dias 1 e 14 de agosto passado.

Segundo analisou o gerente de Economia da Fecomércio-RJ, Christian Travassos, a movimentação estimada "é um indicador que se soma a outros percebidos no mercado". Ele observou que os dados de atividade econômica são puxados pelo consumo das famílias no segundo trimestre, queda dos juros de 6 pontos percentuais em um ano e inflação na faixa de 2,54% em 12 meses, medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo). "Além disso, a confiança do consumidor tem melhorado."

O economista destacou que, para os R$ 8,8 bilhões que devem ser movimentados pelo Dia das Crianças, colaboram também os dados relativos a emprego. "Essa é a principal variável que influencia a tomada de decisão do consumidor", apontou o economista. Ele completou que esse conjunto de variáveis eleva o tíquete médio para a compra dos presentes de R$ 118,87, registrado em 2016, para R$ 138,95, neste ano.

Em relação ao gasto médio por gênero, a pesquisa mostra que os homens pretendem gastar mais que as mulheres, com média respectiva de R$ 147,63 e R$ 129,61. Travassos explicou que, embora as mulheres tenham conquistado mais espaço no mercado de trabalho, os homens ainda são, proporcionalmente, mais presentes como chefes de família e têm um rendimento maior. Brinquedos, com 61% das respostas, seguem na liderança entre as opções preferidas para presentes para as crianças, vindo a seguir roupas (20%), calçados (5%) e bicicletas (3%). "A tradição fala mais alto nessas horas", analisou Travassos.

Já pesquisa realizada pela Boa Vista SCPC aponta que as compras de presentes no próximo Dia das Crianças devem ser pressionadas pelos preços elevados dos produtos e pela contenção de gastos das famílias. Entre 1.100 pessoas consultadas no País, 57% informaram que pretendem gastar uma quantia igual ou menor do que em 2016 para presentear os pequenos.

O aumento de preços foi citado por 34% dos entrevistados, enquanto o corte de gastos foi apontado por 28% como justificativa para não aumentar a despesa com o presente. Ainda foram declarados o pagamento de outras despesas (19%), como contas domésticas; desemprego (10%); e redução de renda (9%). Enquanto isso, 43% pretendem comprar um presente mais caro na data comemorativa.
O preço será determinante para a decisão em 40% dos casos. Já o desejo da criança será levado em conta por 33% dos consultados, enquanto a necessidade do produto deve ser considerada em 24% das compras. Os consumidores que não irão presentear na data correspondem a 31% dos entrevistados.

A Boa Vista SCPC apurou alta de 14% sobre o valor médio dos produtos, passando de R$ 174,00 no ano passado para R$ 198,00 em 2017. A grande maioria, 88%, dos consumidores, declarou que deve comprometer menos de 25% da renda familiar com a compra do presente, com crescimento de 12 pontos percentuais em relação ao verificado em 2016, enquanto 11% deve gastar entre 25% e 50% dos rendimentos, e apenas 1% deve ter gasto superior a 50% da renda familiar.

As compras à vista serão predominantes no Dia das Crianças de 2017, atingindo 68% segundo a Boa Vista. O restante, 32%, irá parcelar a aquisição, sendo que, destes, 91% usará o cartão de crédito; e 8%, carnês e boletos.
FONTE: Jornal do Comércio
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