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Indústria gaúcha começa a esboçar reação
05 de Setembro de 2017

O Índice de Desempenho Industrial (IDI-RS), que apura mensalmente a atividade do setor no Estado, e é divulgado pela Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs), voltou a crescer em julho, na comparação com o mês anterior: 1,4%, na série com ajuste sazonal. O resultado foi determinado pelas compras industriais que cresceram 6,3%. Com isso, o índice começa a esboçar reação, após meses de estabilidade. "A tendência é relativamente animadora. A economia brasileira dá indícios de evolução com a inflação e os juros declinantes, o emprego e as exportações industriais em alta e os bons resultados na agropecuária", afirma o presidente da Fiergs, Gilberto Petry. Na sua opinião, "os resultados confirmam a perspectiva da volta do setor ao campo positivo, processo que deve ser longo e gradual. A estabilidade política e as reformas estruturais, porém, são a sua base de sustentação".

Diferentemente das compras industriais, os demais indicadores registraram desempenho negativo na passagem mensal livre de efeitos sazonais: faturamento real (-0,9%), horas trabalhadas na produção (-1,8%), utilização da capacidade instalada-UCI (-0,6 p.p.), emprego (-0,2%) e massa salarial real (-0,5%).

Ao considerar julho ante o mesmo mês do ano anterior, o IDI-RS revela uma elevação ainda maior, de 3,8%, o melhor desempenho em 45 meses e a segunda taxa positiva em três meses, fato inédito desde fevereiro de 2014.

Entre janeiro a julho de 2017, as seis variáveis que compõem o IDI-RS apresentaram resultados díspares. Apresentaram crescimentos o faturamento real (1,1%), a massa salarial real (2,1%) e a UCI (0,2 p.p.). Registraram quedas as horas trabalhadas na produção (-2,4%), o emprego (-1,7%) e as compras industriais (-1,4%).

As perdas setoriais, que foram generalizadas nos últimos três anos, em 2017 atingem nove das 17 atividades pesquisadas. As principais influências para o resultado geral vieram de alimentos (-3,2%), veículos automotores (-4%) e móveis (-2,7%). Por outro lado, máquinas e equipamentos ( 3,6%) - sobretudo máquinas e implementos agrícolas ( 16,5%), produtos de metal ( 4,3%) e tabaco ( 11,4%) - fornecem os impactos mais importantes. Isso se explica por se tratarem de segmentos que apresentam crescimentos associados às exportações e ao setor agrícola.
FONTE: Jornal do Comércio
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