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Brasil ganhou 35,9 mil vagas de trabalho em julho
10 de Agosto de 2017
O estado do Rio Grande do Sul fechou 1.149 empregos durante o mês

O mercado de trabalho brasileiro abriu 35,9 mil vagas formais em julho. É o quarto mês consecutivo com saldo positivo e o quinto mês do ano. As informações são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego, divulgadas ontem.

O saldo de julho resulta da diferença entre 1.167.770 admissões e 1.131.870 demissões no mês passado. De janeiro a julho, há saldo positivo acumulado de 103.258 novas vagas.

O saldo positivo mensal foi impulsionado pelo setor da indústria da transformação, que criou 12.594 vagas, puxado pelo segmento de produtos alimentícios e de material de transporte. Em segundo lugar ficou o comércio, com resultado positivo de 10.156 vagas; seguido por serviços, que respondeu por 7.714 contratações; e a agropecuária, por 7.055. A construção civil, depois de 33 meses consecutivos de perda, abriu em julho 724 vagas.

"São empregos que não decorrem de uma sazonalidade e têm muito a ver com o poder de compra do consumidor", comentou o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira. Por outro lado, fecharam vagas no mês de julho os setores de serviços industriais de utilidade pública (-1.125), administração pública (-994) e a área extrativa mineral (-224).

Segundo Nogueira, a liberação para saque do saldo das contas inativas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) contribuiu com o resultado positivo. "Foram liberados para o trabalhador R$ 44 bilhões das contas inativas do FGTS. O trabalhador teve o direito de usufruir desse dinheiro da forma mais conveniente. Ou pagar contas, ou utilizar esse dinheiro para fazer investimentos. E isso influenciou no crescimento (do emprego) da indústria da transformação", disse.

O ministro previu, ainda, que o Brasil não vai ter mais números negativos em emprego até novembro. "No mês que vem, teremos números bem melhores", disse Nogueira. Segundo ele, contribuirão para a criação de vagas os investimentos já programados da montadora de veículos General Motors no Rio Grande do Sul, São Paulo e Paraná. Ele reafirmou que as mudanças trazidas pela reforma trabalhista têm potencial para criação de 2 milhões de empregos nos próximos dois anos.

A pesquisa do Caged registrou crescimento no número de vagas em quatro regiões do País: Centro-Oeste ( 12.211 postos), Sudeste ( 11.764 postos), Nordeste ( 6.641 postos) e Norte ( 5.346 postos). A exceção foi justamente a região Sul, que registrou o fechamento de 62 postos de trabalho no mês.

O Rio Grande do Sul foi o responsável pela queda nos números da região Sul. O Estado fechou 1.149 empregos no mês de julho, enquanto que no Paraná foram abertas 959 vagas e, em Santa Catarina, 128 postos de trabalho.

O principal setor responsável pelo mau desempenho gaúcho foi a indústria, que teve queda de 1.361 vagas, concentradas no segmento de borrachas, fumo, couros, peles e similares (-1.264 postos de trabalho). O destaque positivo no Estado ficou com agricultura, silvicultura, criação de animais e extrativismo vegetal, setor que abriu 449 vagas.

O desempenho do Rio Grande do Sul foi o quarto pior do País no mês, atrás de Rio de Janeiro (9.320 vagas), Espírito Santo (1.841 vagas) e Mato Grosso do Sul (1.827 vagas). No caso do Rio de Janeiro, os principais responsáveis pelo fechamento de vagas foram os setores da construção civil e serviços. O maior destaque positivo foi São Paulo, que abriu 21.805 postos.
FONTE: Assessoria de Imprensa ACIFW | Jornal do Comércio
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