A pauta da edição especial do “Tá na mesa” durante o 3º Fórum de Líderes realizado pela Federasul foi o pacote de medidas do governo para enfrentar a crise no Estado. Para debater essas propostas, a Federasul convidou líderes e vice-líderes do PMDB, PDT, PT, PSDB, PP e PTB para que expusessem o posicionamento de suas bancadas. Entre os parlamentares presentes, estavam Gilberto Capoani, Tarcísio Zimmermann e Zilá Breitenbach que demonstraram sua posição em relação à votação que irá ocorrer na próxima semana.
Apesar de conscientes sobre os problemas enfrentados no Estado, não houve surpresa nos discursos dos participantes. Ao comparar o Estado de 2006 com o de 2015, o líder do PT, Tarcísio Zimmermann, observou que houve uma redução de servidores (de 173 mil para 155 mil) e que o orçamento passou de R$ 19,5 bilhões para R$ 63,4 bilhões. Zimmermann enfatizou que não se pode destruir coisas que levaram anos para serem construídas ou querer que os deputados votem um projeto desta extensão com apenas 30 dias de análise.
Já a deputada Zilá Breitenbach disse que a bancada do PSDB está estudando as propostas e deve aprovar se não a totalidade, a maioria dos projetos. “Especialmente os pontos essenciais para o Estado como aqueles que propõem a extinção de Fundações que realizam trabalhos que outras empresas do Estado ou mesmo secretarias já realizam”, avaliou.
Gilberto Capoani, líder do PMDB, garantiu que é necessário respeitar o desejo dos eleitores que querem um Estado prestador de serviços. Além disso, lembrou o tamanho do déficit e disse que sem as medidas não será possível transformar o Rio Grande do Sul em um Estado que atenda as demandas da população.
A posição de algumas dessas bancadas vai de encontro ao que os empresários também pensam. De acordo com um estudo encomendado pela Farsul, Fecomércio, Federasul, Fiergs FCDL e Agenda 2020 junto ao instituto IPO, divulgada nesta semana aponta que 65,5 % da população entrevistada também apoia o pacote de medidas.
A presidente da Federasul, Simone Leite, salientou a posição da entidade, falando que o futuro do Estado passa pela aprovação do pacote. “É o desejo da sociedade gaúcha que não está pensando ideologicamente e sim nas necessidades mais urgentes do Estado”, comentou.