Amplamente difundidas no Brasil desde 2014, as campanhas de prevenção ao câncer de próstata do Novembro Azul ainda não atingem, de forma massiva, os homens. A desinformação, a busca tardia para o tratamento e a falta de hábito de consultar o médico são considerados os principais fatores para que a doença resulte em óbito.
Na noite de segunda-feira, 14, a Secretaria Municipal de Saúde promoveu uma palestra com o médico urologista Talvã Norberto Grando, que destacou a importância da prevenção à doença. “Os números são alarmantes. Depois do câncer de pele, o de próstata é o de maior incidência entre os homens e é o que mais mata. A cada sete minutos, um homem é diagnosticado com câncer de próstata e, a cada 40 minutos, um morre no Brasil. Precisamos prevenir”, salientou.
No dia 17 de novembro é comemorado o Dia Mundial de Combate ao Câncer de Próstata e, de acordo com o médico, 61 mil novos casos devem ser diagnosticados em 2016 e ocorrer 20 mil mortes relacionadas à doença. “Infelizmente não foi descoberto nada que evite o câncer de próstata. O que se consegue fazer é o diagnóstico precoce com prevenção, além de uma vida saudável. Se diagnosticado antes de atingir outros órgãos, ele tem 98% de chance de cura”, comentou.

Exame e prevenção
Grando salienta ainda que o rastreamento é feito pelo exame de toque, assim como o câncer de mama. “Os homens tem receio de procurar seu urologista, diferentemente das mulheres, que buscam o médico no mínimo uma vez por ano, pois muitos deles, estando na faixa dos 50 anos, nunca foram ao urologista e a maioria vai por indicação das esposas, que têm essa preocupação maior com a saúde”.
A orientação é que homens acima de 50 anos ou com 45 anos e riscos genético devem buscar o médico de confiança ou o posto de saúde para fazer o diagnóstico precoce e a consequente prevenção.